quinta-feira, outubro 27, 2005

A GUERRA MATA E POLUI


O limite da decência foi superado outra vez: as despesas militares ultrapassaram os recordes outra vez no 2004, quando, segundo o relatório anual do Instituto Internacional da investigação sobre a paz (Sipri) de Estocolmo, o mundo gastou em armamentos 1.000 biliões de dólares.. Quer dizer.. como se a cada habitante do planeta tivessem tirado162 dólares em um ano para sustentar a industria da morte em vez dos objectivos muitas vezes proclamados em matéria de saúde e instrução para todos Mas se sobre o desastre humanitário iraquiano causado pela guerra se podem avançar só estimativas aproximativas , podemos em vez ter uma ideia bem concreta de aquilo que aconteceu e do impacto sobre o povo iraquiano e sobre o resto do mundo, observando a guerra por uma prospectiva ecológica

Na prospectiva lata do impacto global , o documento difundido pelos Friends of the Earth oferece cálculos. A intervenção militar foi assumida como uma forma eficaz de controlar as reservas energéticas e não só. Mas a manutenção em loco dos exércitos com dezenas de milhares de soldados produz poluição química e consume muitíssimo combustível.

As forças armadas no mundo consumem um quarto do combustível gasto pelos aviões: um dado significativo quando comparado com a enorme e crescente circulação de aviões civis. O sector da aviação é por si só, responsável de cerca o10% do efeito estufa. Sempre a nível mundial, o combustível fóssil total necessário para fazer uma guerra, de terra, de céu e de mar e para manter a maquinaria bélica, provoca a emissão de cerca 2 biliões de toneladas de anidrido carbónico por ano.


Impossível assim respeitar o Protocolo de Kyoto sem parar de injectar petróleo nas máquinas da guerra.


Nos últimos dois anos, a guerra do petróleo custou 200 biliões de dólares. Friends of the Earth estimam o que poderia ter acontecido se aquele dinheiro tivesse sido destinado ao desenvolvimento das fontes energéticas alternativas, aquelas que podem substituir o petróleo. Por exemplo, se poderiam produzir 40 giga watt de energia solar, capazes de fornecer 1.000 T watt-hora de electricidade: a par de 2,5 vezes o total de energia disponibilizada pelo petróleo produzido no Iraque nos últimos dois anos de guerra e morte.

Por outro lado as emissões de CO2 teriam sido reduzidas de cerca 3.700 milhões de

Toneladas

As mortes causadas pela poluição são o triplo das causadas por acidentes estradais!


A Organização Mundial da Saúde estima que actualmente 3 milhões de pessoas morrem em cada ano por causa da poluição, são 3 vez mais das vitimas anuais que os incidentes estradais

Desaparecem as florestas naturais



Resulta que os países em via de desenvolvimento perderam 130 milhões de hectares, enquanto os “já desenvolvidos” foram ganhando 36 milhões de hectares pelo abandono das áreas exploradas pela agricultura. A perda anual de floresta natural, período - entre desflorestação e conversão das florestas naturais em áreas destinadas a exploração da madeira - é de 16 milhões de hectares - 94% dos quais nos países tropicais.

sexta-feira, outubro 14, 2005

Salvar O Planeta

O Planeta está em perigo, isto é um facto. O ecossistema global foi alterado, a imprudência e a ganância determinaram esta alteração.

Os dados científicos apontam inequivocamente para uma catástrofe ambiental iminente.

Salvar O Planeta, é um grito de alerta, é uma tentativa (até agora frustrada) de consciencializar as pessoas e o poder. Isto não inclui chatear as pessoas nem andar contra um cenário económico absolutamente determinante. Não é falar de pequenos grupos de activistas que julgam fazer a sua parte mas são gotas de água insignificantes.

A acção local deve ser determinada pelo pensamento global e a isto chama-se aderir.

A cada momento do tempo corresponde uma imagem cósmica que varia segundo o referencial e a isto chama-se mudança (relatividade). O tempo é o factor determinante, a economia é uma ilusão! Compreender a mudança é compreender o tempo e a isto chamamos Salvar O Planeta.

Ao julgarmos estamos a ser julgados!

quinta-feira, outubro 13, 2005

Novas formas de acção ambiental

  • Restringir a informação a pseudo-elites culturais.
  • Impor ideias utopicas como servindo para algo.
  • Ridicularizar e segregar socialmente todos os que tiverem boas ideias. No maximo roubar as ideias!
  • Voltar á pré-historia e viver sem agua canalizada, nem luz (mas sem caçar animais).
  • Ir de carro até ao Gerez, passear, acamapar e depois chamar a isto acção!
  • Ir até Marrocos de bicicleta!
  • Protestar contra os incedios florestais depois de ja nao haver floresta.
  • Comprar uma marca em vez de outra porque o nosso amigo disse que nao sei que.
  • Gritar e idolatrar os verdadeiros pensantes portugueses (os jogadores de futebol).
  • Sair à noite e ajudar, azeiteiros-traficantes e assassinos a enriquecerem.
  • Arranjar um emprego estavel e contribuir activamente para a economia global.
  • Tomar banho no rio leça.
Acabou a paciencia... mais activismo em breve!

terça-feira, outubro 11, 2005

Ignorância: verdadeiro perigo ambiental…

Sabemos todos muito e cada um de nós sabe perfeitamente o que são esgotos, lixo, mau cheiro, insectos, etc…

Estranhamente, o que ninguém parece saber é que já no ano 0057 existiam cidades com redes de esgotos bastante complexas e com sistemas de reaproveitamento dos varios residuos organicos que geravam...


Também parece que ninguém sabe que resolver um problema de um esgoto a céu aberto, com uma solução barata, biotecnológica e de forte multiplicidade, é uma actividade de defesa do ambiente, de extrema importância num país onde as cidades principais ainda dispõem de esgotos que desaguam nas ruas ou em qualquer outro lugar… ainda assim parece que ninguém sabe que a maioria do “lixo” é reciclável a baixo custo. Alguns “lixos” podem ser reciclados em casa!

Todos temos as nossas coerências e incoerências mas o que é aquilo ali na foto? Não é lixo? Um esgoto a céu aberto não representa um perigo para a saúde pública? Na ilustre opinião da CMP, dos meios de comunicação social, do vizinho que nos roubou o sistema e dos cidadãos (alguns “ambientalistas”) que permanecem indiferentes, não!

Pelos vistos sabemos todos demais para nos preocuparmos com isso, vivemos as nossas coerências em função dos nosso interesses e pelos vistos esta situação (esgotos em frente a Associações Ambientais) é tão importante que nos estamos todos a cagar… obrigado em nome da SOP… ah não se preocupem mais com o assunto o problema vai ser resolvido de qualquer modo. A telenovela acaba aqui, agora começa a longa metragem!

quinta-feira, outubro 06, 2005

Mas afinal é mais bonito um jardim ou um esgoto?

Como já foi dito aqui, a SOP tomou acção para resolver um problema que embora afecte a sua sede em primeiro plano, se trata de uma questão de saúde pública.

Produzimos um sistema biotecnológico: jardim de esgoto, baseados em estudos científicos comprovados e cuja construção demorou apenas um dia. Ou seja trabalhamos para a comunidade pois este tipo de sistemas pode ser difundido em escala resolvendo uma quantidade infindável de situações idênticas e que pelos vistos não se reduzem aos meios rurais pois existem em plena cidade do Porto, de facto é este o caso!

A CMP foi informada da nossa acção e voltou a ser informada no dia em que o sistema nos foi “roubado” por um vizinho descontente que se acha no direito de nos obrigar a receber na nossa cave o esgoto da rua toda.

Ao 2º e-mail enviado no dia 1 de Setembro, recebemos a visita de um “técnico” que para nosso mais profundo espanto nos disse o seguinte:

“Esta zona limite é de facto confusa (…) a infiltração do esgoto é real …’e um problema” (soluções???) (…) não é verdade que não dispõe de nenhum serviço da CMP pois o lixo podem por no contentor de Matosinhos (…)

A rua não é varrida mas também não há lixo para varrer”. (Um esgoto que vai “desaguar” numa cave privada, ratos mortos, fezes, latas, plásticos e toda a gama de lixo comum, “não é muita sujidade”). (…)

Ainda o mês passado vieram cortar as ervas”. A quem incomodavam? Chamar lixo a tomates a plantas? Isto é digno de uma intervenção camarária?
Afinal é mais bonito um esgoto ou um jardim…??? Para algumas pessoas e para a CMP sem duvida que é o esgoto.

Agora para nós não é, nem tampouco temos de ser a fossa séptica da rua toda e por isto mesmo o problema terá de ser resolvido até ao fim do mês, é que com a chegada das chuvas o problema tomará proporções agravadas. Se tiver de ser a SOP a resolver o problema, a acção vai ser bem diferente!

quarta-feira, outubro 05, 2005

Problemas da falta de competência dos outros: A rua dos dois nomes

Era já do nosso conhecimento que existe uma divisão autárquica completamente ineficiente e incoerente no que respeita a área metropolitana do Porto. Sabemos que a existência de ruas e avenidas principais com nomes iguais dentro da mesma “massa urbana” pode confundir as pessoas, tornar-se monótono e causar problemas. Agora ruas com dois nomes porque a mesma rua pertence a duas cidades, achamos que toca um pouco o absurdo, se fosse só isso, tudo bem, infelizmente não é.

A SOP teve um prejuízo que para uma associação local é considerável pois desviou fundos e tempo para um problema de incompetência “dos outros”. O certo é que pagamos: 200 euros de multa as finanças, 150 ao notário, 300 cartões de visita para o papelão, os possíveis resultados de acções de divulgação, esperamos 5 meses pela Internet, cartas devolvidas, chamadas telefónicas para informar da alteração da morada etc. Ainda não sabemos quanto iremos pagar por outras situações pendentes.

Como resposta a queixa apresentada aos correios pelo facto de termos sido informados por eles próprios do nome da rua ser diferente daquele que era (ou passou a ser), recebemos um pedido de “desculpas pelo incomodo”, informando-nos do “novo” nome da rua que já sabíamos (ate fui eu própio quem informou o carteiro!!!!!!!!!)... nós tivemos um prejuízo considerável mas o problema é nosso, não é???

“Eles”... estão só empenhados em fornecer um serviço de qualidade!